Funções do líquido amniótico
Segunda, 08 Maio 2017 | Visto - 6619
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Terminou a época balnear, com uma vida descontraída de calor e banhos, mas não para os bebés. No interior do seu T0 sentem-se como num spa: temperatura constante e ajustada às suas necessidades, movem-se com liberdade, estão protegidos de impactos e ainda por cima esse líquido que os banha ainda contribui para que o seu pulmão amadureça e se prepare para respirar “cá fora”. Falamos do líquido amniótico, é claro.
A quantidade varia ao longo da gravidez, atingindo o seu máximo pelas 34-36 semanas e depois reduzindo de forma gradual à medida que o termo se aproxima. O líquido amniótico é um dos principais garantes de bem estar fetal. O facto de envolver o bebé permite que este tenha movimentos das suas pernas e braços que contribuem para uma normal formação e desenvolvimento das articulações. O bebé engole líquido e cospe! O líquido dilui as secreções do bebé, constituindo um verdadeiro mecanismo de autolimpeza. Mais: o líquido amniótico tem, nas sua constituição, substâncias que quando inspiradas e chegando ao interior dos pulmões, ajudam a fabricar uma outra substância – surfactante – que ajudará a manter o pulmão cheio de ar, quando o bebé nascer, e a não colapsar. O líquido protege das pancadas e proporciona também proteção ao cordão umbilical, para que não seja comprimido, garantindo um bom aporte de oxigénio e nutrientes ao bebé. Finalmente, o líquido é ainda o aquecimento central do bebé, ajudando a manter a sua temperatura constante.
O liquido amniótico é avaliado ecograficamente, podendo haver variações na sua quantidade, que não deverão exceder determinados limites. Ultrapassados estes, classificamos a situação como um oligoâmnios, quando em quantidade menor do que o limite inferior, ou hidrâmnios, quando maior do que o limite superior. Uma e outra situação implicam um estudo da causa subjacente, embora por vezes esse estudo seja inconclusivo.
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