Variações de apetite

O apetite das crianças é uma característica extremamente variável, pelo que deve ser encarado com alguma “serenidade”, de forma a não condicionar muito o seu dia-a-dia. Depende de diferentes fatores, dos quais os mais importantes são os seguintes:

Idade da criança no primeiro ano de vida a velocidade de crescimento é muito elevada, pelo que os bebés têm necessidades aumentadas de comer, para poderem suprir as suas necessidades. A partir dos 12 meses essa velocidade vai-se reduzindo, o que faz com que as crianças comam menos, porque na realidade não precisam de tanto.
Tipo de comida – todos nós temos as nossas preferências alimentares e com as crianças passa-se exatamente o mesmo. Apesar de a escolha não ser inteiramente delas, temos que perceber que elas não gostam da mesma forma de todos os alimentos e isso vai condicionar, obviamente, o apetite que apresentam.

Estado de saúde/doença – quando uma criança está doente, isso reflete-se no seu apetite. Nessas situações acabam por comer menos e isso é perfeitamente normal, podendo esta queixa durar cerca de uma semana. Com a resolução da doença, o apetite vai também melhorando gradualmente até se restabelecer por completo.

Picos de crescimento – o crescimento das crianças não é completamente linear e gradual, o que faz com que as necessidade do organismo vão também variando. Há alturas em que crescem mais (os chamados picos ou surtos de crescimento) e, consequentemente acabam por comer também mais e alturas em que não crescem tanto, o que faz com comam pior.

Contexto – a maior parte das crianças gosta de rotinas e, quando ocorre uma mudança no seu dia-a-dia (férias, por exemplo), isso vai refletir-se no seu comportamento, no qual se inclui também o apetite e alimentação.

Em conclusão: a forma mais adequada de ver se a criança se está a alimentar como deve é pela sua evolução de peso, pois se estiver bem quer dizer que ela está a comer o que precisa.


Hábitos para o futuro

A introdução de novos alimentos aos bebés é uma etapa fantástica, que deve ser bem usufruída por todos os elementos da família. No entanto, é também uma altura em que se criam hábitos alimentares para o futuro, daí ser importante tentar fazer as escolhas mais corretas. A alimentação não é só sabor, pelo que se torna imprescindível treinar também os seguintes aspetos:

texturas - a habituação às novas texturas deve ser feita progressivamente a partir dos 8-9 meses

cor – o aspeto visual é muito importante e as crianças devem habituar-se desde sempre a ver cores diferentes no prato (verde, amarelo, laranja, vermelho)

socialização – os bons hábitos na hora da refeição têm que ser adquiridos desde o início, pelo que devem evitar grandes


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