Dar vitamina k ao recém-nascido


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Uma das primeiras decisões a tomar em relação ao bebé quande nasce é a administração de vitamina k: qual a necessidade? Que via de administração?


A decisão cabe aos pais e por isso é fundamental a informação durante a gravidez, por exemplo, junto da parteira. A vitamina k é necessária para a coagulação do sangue. Em comparação com os adultos, os bebés nascem com níveis baixos desta vitamina, mas que normalmente são suficientes para prevenir hemorragias. No entanto, alguns bebés não têm os níveis necessários. O risco é mais elevado durante os primeiros 13 dias. A hemorragia pode ser bastante grave no recém-nascido e não é fácil determinar o risco, por isso foi instituído por rotina nas maternidades a administração de uma injeção de vitamina K intra-muscular (na coxa do bebé) logo após o nascimento. A administração desta vitamina pode ser feita via oral, mas esta via exige mais administrações posteriores em casa.
A doença hemorrágica do recém-nascido é rara, mas muito grave, afetando cerca de um em cada 10.000 bebés de baixo risco se não receberem administração de vitamina K. Metade dos bebés que sofrem hemorragia sofrem hemorragia intracraneana (cérebro), que pode causar danos cerebrais ou ser fatal.
Qual a dose ideal?
Não está cientificamente comprovada qual a quantidade normal de fatores de coagulação que deve ter o recém-nascido, nem há certeza de que os níveis de um adulto sejam uma boa referência. O leite artificial tem vitamina k adicionada, por isso os bebés com aleitamento artificial atingem níveis semelhantes a um adulto. Os bebés que recebem vitamina k via injetável ou via oral atingem níveis muito superiores a um adulto, mas também não está comprovado que isto seja totalmente inofensivo.

Quais os bebés de risco?
Talvez a vitamina k só devesse ser administrada a bebés com risco aumentado de hemorragia, como acontece em caso de:
- Partos antes das 37 semanas
- Partos por fórceps, ventosa ou cesariana onde houver trauma
- Bebés com dificuldade respiratória que não receberam oxigénio suficiente após o nascimento
- Bebes de mães medicadas com anti-convulsivantes, anti-coagulantes ou tuberculostaticos
Isto significa que um terço dos bebes terá alto risco de desenvolver doença hemorrágica.


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