Para que serve a placenta?
Quarta, 06 Maio 2015 | Visto - 12521
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Há muitas tradições antigas que mesmo sem conhecerem o funcionamento fisiológico deste órgão viam a placenta como algo sagrado e que tinha que ser respeitado.
Os mamíferos ingerem a própria placenta e apesar de nenhuma das várias teorias explicar por completo este fenómeno denominado placentofagia, a mais consensual é que devido à quantidade de hormonas e nutrientes presentes na placenta as fêmeas ao ingeri-la recuperam mais rapidamente do parto, o que para a sobrevivência na natureza é prioritário. Também os herbívoros e répteis ingerem a própria placenta.
A placenta é um órgão que se forma a partir das mesmas células que originam o bebé e que liga a mãe e e bebé. Durante a gravidez é através da placenta que os nutrientes, oxigénio, hormonas e células imunitárias da mãe são transmitidas a um novo ser. Em simultâneo a mãe recebe os detritos metabólicos do bebé para os eliminar. Isto tudo acontece sem que haja contacto entre sangue da mãe e bebé, a placenta é por isso um órgão único e multifuncional.
No parto, a mãe dá à luz o bebé e algum tempo depois (habitualmente entre dez a 30 minutos, mas pode variar) a placenta, esta é a última fase do trabalho de parto.
O papel nutridor da placenta não tem que necessariamente terminar aqui. As funções benéficas da placenta podem ser aproveitadas mesmo depois da gravidez e já existem mulheres que optam por conservar a sua placenta para utilizações futuras, em vez desta ir para incinerar, como é procedimento habitual.
A ingestão da placenta, pela mãe permite-lhe absorver substâncias que suportam a produção do leite e o tornam mais nutritivo, reforçam a ligação entre a mãe e o bebé, ajudam a prevenir a depressão pós-parto e na recuperação do útero e reposição dos níveis de ferro, entre outras.
Atualmente a forma mais prática de consumir a placenta é através do seu encapsulamento: a placenta é desidratada, pulverizada e é inserida em cápsulas que podem ser tomadas nas semanas a seguir ao parto. Tinturas, bálsamos e medicamentos homeopáticos são também alternativas para aproveitar as propriedades únicas da placenta.
Placenta sagrada procura dar às mulheres portuguesas um novo olhar sobre este órgão tão invulgar e precioso. É através da informação e do apoio de outras mulheres que cada mãe pode compreender plenamente e tomar as decisões que mais beneficiam a ela e ao bebé. Para procurar apoio, informação e serviços relacionados com a placenta contactar placentasagrada gmail.com
O que é e o que contém
A palavra placenta significa “Pão da Mãe” no alto-médio alemão. O consumo da placenta pelas suas propriedades terapêuticas existiu na Europa até ao final do sec. XIX. Na medicina tradicional chinesa é um hábito milenar que ainda se mantém. Cada placenta permite obter cerca de 50 cápsulas, o seu tempo de conservação são seis meses, durante os quais a mãe pode utilizá-las como solução natural para quando se sentir com menos energia, com alterações de humor ou dificuldades na produção de leite. Estas também podem ser congeladas e utilizadas quando a mãe voltar a menstruar. A tintura de placenta é um extrato alcoólico que conserva durante muitos anos os seu beneficios, sobretudo em termos de humor e equilíbrio hormonal pela presença de grande concentração de hormonas produzidas de forma natural.
Para além da ingestão, outra utilização possivel da placenta é sob a forma de bálsamo (contém altas concentrações de polipeptidos, o que a torna benéfica na reparação dos tecidos). O bálsamo consiste na mistura da placenta com produtos naturais hidratantes (como oléo de amêndoa, manteiga de karité, óleo de coco) e plantas cicatizantes e calmantes (camomila, tomilho…). Pode ser aplicada topicamente em erupções cutâneas, cortes no períneo, cicatrizes de cesariana, assaduras do bebé, etc.