Educadores de Infância alertam pais
Escrito por PAIS&Filhos Terça, 30 Agosto 2011 | Visto - 11175
Tweetar |
A Associação de Educadores de Infância defende que os pais têm de estar «mais alerta» em relação à qualidade das creches, tendo em conta a proposta governamental de aumentar o número de crianças por sala. O ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, apresentou algumas alterações legislativas que deverão permitir abrir 20 mil novas vagas nas creches.
Sem projetos para aumentar o número de educadores por sala, o Governo pretende que os berçários passem a ter dez vagas em vez das atuais oito. Nas salas das crianças até aos dois anos a capacidade deverá subir de 10 para 14 vagas e nas salas dos dois aos três anos o número de vagas deverá passar de 15 para 18.
Contactada pela agência Lusa, uma responsável da Associação Portuguesa de Educadores de Infância (APEI) defendeu que agora as instituições e os encarregados de educação têm de estar «mais alerta para a garantia da qualidade dos serviços». «Nesta faixa etária é muito importante o relacionamento humano. Estas crianças ainda precisam de ter uma atenção muito individualizada e por isso é essencial garantir a qualidade para garantir que não será afetado o desenvolvimento emocional e psicológico da criança», defendeu a responsável da APEI.
Reconhecendo a necessidade de aumentar o número de vagas nas creches, a APEI promete estar atenta à aplicação das novas medidas, sublinhando, no entanto, a importância de os pais também fazerem esse trabalho: «Os pais têm de controlar que as creches mantêm a qualidade apesar das mudanças».
Novas regras legais
De acordo com o ministério, a portaria a aprovar pretende aumentar a capacidade instalada nas creches, «em condições de segurança, permitindo que se estabeleçam condições de funcionamento e instalação, por forma a que se possam acolher mais crianças e aumentar o número de vagas».
Questionado sobre se ao eventual aumento do número de crianças deveria corresponder também um reforço do número de educadores, o ministro Pedro Mota Soares respondeu dizendo que é possível dar uma resposta que chegue a mais pessoas com a capacidade instalada neste domínio. «Queremos garantir mais respostas para as famílias que têm de conciliar a sua vida profissional com a educação dos filhos e, ao mesmo, tempo, ajudar à sustentabilidade financeira das instituições sociais», disse, salientando ainda que, a partir de agora, há regras claras para todos os operadores deste setor, «para quem está no Estado, para quem está no setor social e até para quem está no setor privado». A medida que o ministro Pedro Mota Soares apresentou em Setúbal enquadra-se no Plano de Emergência Social (PES), recentemente apresentado.