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A primeira noite na maternidade

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«Passei a noite em claro, muito feliz, sem dores, e a adorar a minha filha.» É assim que Sofia Carvalho descreve a primeira noite na maternidade depois do nascimento de Carolina, há oito anos. O dia e a hora do parto – domingo, às 23h30 – foram uma «sorte», que contribuiu para que a
experiência corresse tão bem. «Estava tudo numa calma absoluta, não se ouvia nada, eu era a única mulher a parir.» Por isso, não se importou de ficar no corredor durante o recobro (algo que já não acontece na maioria dos hospitais, agora fica-se na própria sala de parto). Foi aí que tomou a

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primeira refeição depois do parto – bolachas e sumo – ao mesmo tempo que amamentava a Carolina. «Ela agarrou-se logo à mama e ali esteve durante uma hora», lembra. Do corredor para o quarto, passou pela família, que estava à porta do bloco de partos, ansiosa por conhecer a parente
mais nova. E ali ficaram por uns momentos a comemorar o acontecimento, a dar os parabéns à mãe e ao pai, a observar, analisar, comparar e a adorar a pequena Carolina, apesar de ela dormir ferrada. «Todos lhe pegaram ao colo e foi uma grande festa», conta.


Já no quarto, a felicidade de Sofia contrastava com o sentimento vivido pelas duas mães que partilhavam o quarto. Ambas tinham passado por cesarianas e estavam «aflitas com dores». Sofi a lembra-se de ouvi-las a queixarem-se e, mais tarde, de ser a única acordada, tal a excitação. «Fartei-me de acender e apagar a luz para ver a Carolina, para confirmar se ela estava a respirar», ri-se. A Carolina, «devido ao esforço do nascimento», dormiu a noite toda. «A meio da noite mudei-lhe a fralda. Mesmo assim, ela não acordou». Não que a fralda estivesse cheia, mas «só para ter de fazer alguma coisa».


Na manhã seguinte, ainda antes de Carolina acordar, Sofia tomou um banho completo e, garante, «estava pronta para ir para casa». Como não podia, ligou ao marido a pedir que lhe trouxesse empadas de galinha, que era mesmo o que lhe «estava a apetecer». Do parto e do tempo na maternidade, só tem boas recordações. «Acho que o facto de o hospital estar calmo e de não ter sido sujeita a episiotomia ajudou imenso. Podia mexer-me à vontade e fazer o que quisesse. Ainda ajudei outra mãe a ir à casa-de-banho, pois ela estava cheia de dores na costura da cesariana.»


A quarta fase do parto


A primeira noite na maternidade é sempre vivida com intensidade e é uma recordação que não se esquece. «Há mães que ficam tão ansiosas e não dormem com medo que aconteça alguma coisa ao bebé. Outras estão tão enamoradas pelos seus bebés que não conseguem afastar os olhos deles. Outras estão tão cansadas que dormem elas para um lado e o bebé para outro. Depende de cada uma e da sua experiência de vida», descreve Rosália Marques, enfermeira especialista em saúde materna e obstétrica, no Hospital Garcia de Orta, em Almada.


O período mais importante após o parto são as duas horas imediatamente a seguir. O chamado puerpério imediato. «Durante este tempo, a mãe mantém-se na sala de partos sob observação, pois existe um grande risco de hemorragia pós-parto e é preciso garantir que o útero está a contrair bem, ou seja, a voltar ao lugar», explica.


Maria Lurdes Francisco, enfermeira especialista em saúde materna e obstétrica, no Hospital de São João, no Porto, reforça: «É um período muito
importante. É considerado o quarto período do trabalho de parto». Num parto normal, em que mãe e bebé estão bem, a rotina é sempre igual:
«Os dois ficam em contacto pele com pele durante uns instantes. Se for preciso suturar o períneo devido a uma episiotomia vai-se fazendo», descreve Rosália Marques. Entretanto, passa-se aos procedimentos habituais no bebé: pesar, administração da vitamina K, para fortalecer a coagulação do sangue, administração de um colírio nos olhos, para prevenir eventuais infecções oculares causadas por microorganismos presentes no canal de parto. Depois, veste-se o bebé e é devolvido aos pais. Nesta altura, se a mãe quiser, toma uma refeição.


«Se for perto da hora do almoço ou do jantar até pode comer uma refeição normal, fora disso toma um lanche: chá, iogurte ou leite, com bolachas ou uma sandes. Algumas nem querem comer, outras estão esfomeadas. Às vezes, só querem olhar para o filho, mas nós, a bem da saúde elas, insistimos», conta Maria de Lurdes Francisco. Saciada (ou não) a fome é altura de dar de mamar. A Organização Mundial de Saúde recomenda que a amamentação seja iniciada na primeira hora após o nascimento e é assim que costuma acontecer na maior parte dos hospitais. Quando o bebé é posto no colo da mãe procura instintivamente a mama. Sempre sob vigilância da enfermeira, para apoiar na amamentação e para garantir que continua tudo bem com mãe e bebé.


Passadas as duas horas, depois de nova observação, seguem então para a enfermaria. Livres de todos os procedimentos e rotinas, é o momento de a nova família se conhecer. «É preciso dar espaço ao casal para serem pais. Deixar os três sozinhos, sem confusões, sem barulhos, e dizer-lhes: “este tempo é para vocês, mas se precisarem de mim chamem-me”», explica Maria de Lurdes Francisco. Rosália Marques destaca também a importância desta ocasião: «É o momento de mãe, pai e fi lho se olharem com calma, se tocarem, se conhecerem um bocadinho».


ROOMING-IN

Hoje em dia, na maior parte das maternidades portuguesas já não há berçários para onde levar os bebés depois do parto. Muitas investigações demonstraram que a prática do alojamento conjunto entre mãe e fi lho facilita a vinculação entre os dois, assim como a adaptação à mama. Este conceito designa-se por rooming-in e é o contrário do que se praticava até há uns anos, em que, alegadamente por razões de higiene, – e para a mãe descansar – o bebé era levado para longe da progenitora. A prática mudou, embora possam existir excepções. Magda Amaro teve uma cesariana, depois de três horas em que a dilatação não avançava, na sequência de uma indução de trabalho de parto. «Estava tão abalada pelo efeito da anestesia epidural e, talvez, de algum sedativo que me tenham posto no soro, que nem me lembro bem das coisas», recorda Magda, mãe de Inês, que nasceu num hospital particular, há seis anos.


Quando lhe mostraram a filha, muito rapidamente, antes de a levarem ao pai, lembra-se de ter reparado numa mancha na pálpebra e de ter ficado muito preocupada. Ainda assim, quase sem forças, acha que adormeceu logo
a seguir ao parto. «Sentia-me mesmo muito cansada», confessa. Antes de ir para o quarto deu de mamar e, pouco depois, pôde confirmar que afinal o que a Inês tinha era um angioma, que iria desaparecer em breve. Cumpridos os procedimentos habituais, mãe, pai e bebé foram para o
quarto e «meia hora depois estava lá a família toda». Apesar de ser um momento de festa e de alegria, Magda só queria descansar. De noite, começaram por tentar dormir: pai no sofá, mãe na cama e Inês no berço, no meio dos dois, mas, perante o choro insistente da bebé, Magda resolveu aceitar a oferta da enfermeira de levar a bebé para o berçário. «Eu mal me conseguia mexer, nem me podia sentar e precisava mesmo de dormir», lembra. E dormiu. Só no dia seguinte, ao final da manhã, Magda conseguiu pôr-se a pé e tomar banho. A partir daí pegou na sua fi lha e nunca mais a largou. «A segunda noite na maternidade, para mim, é que foi aquela excitação de vê-la e apreciá-la. Dar de mamar de duas em duas horas. Ela sempre juntinha a mim. Mal dormi.»



IR PARA CASA

A vivência da primeira noite depende também do número de filhos. Catarina Paquete, mãe do Tomás, sete anos, da Clara, quatro anos, e do Lucas, um mês, que o diga. «Com o Tomás, não dormi nem na primeira noite, nem na primeira semana, com a excitação», lembra. Com os outros dormiu sempre que pôde, garante. Embora com a Clara a possibilidade de dormir tenha demorado a chegar. No mesmo dia, à mesma
hora, o Tomás, que estava com os avós, foi internado no mesmo hospital depois de ter tido uma convulsão. Catarina e Rui, o pai, estavam incontactáveis, por estarem no parto, e só souberam disso depois de a Clara já ter nascido. Uma enfermeira da pediatria foi avisá-los. «Os meus pais dizem que o Tomás teve a convulsão às oito da noite, que foi precisamente a hora em que a Clara nasceu», conta Catarina. Assim que Clara aterrou no colo da mãe, o pai saiu a correr. Felizmente foram breves os momentos de preocupação: tinha sido apenas um pico de febre, devido
a uma virose, e Tomás pôde ir para casa descansar com o pai. Catarina passou essa noite com Clara de um lado e o telemóvel do outro, esperando notícias do filho mais velho. Ainda assim, entre a excitação e o cansaço, o sono venceu-a e lá foi dormitando. «O que tive mais pena foi de o Tomás não poder ir visitar-nos à maternidade. E em casa, durante a primeira semana, teve de andar de máscara e não podia chegar-se à irmã para evitar contagiá-la»,lamenta.



Grávida do Lucas, Catarina ainda receou que algum dos dois filhos fi casse doente enquanto o mais novo estivesse para nascer. Mas tudo correu bem e foi uma experiência tão tranquila que até surpreendeu as enfermeiras: «Quando me levaram para o quarto pedi o meu livro, que estava com as minhas coisas, e as enfermeiras ficaram admiradas. Ainda tomei banho antes de me deitar e acabei por não ter tempo de ler, até porque
consegui dormir aos bocados durante a noite, mas li de manhã». Nem o facto de estar com mais quatro mulheres no quarto a perturbou. Podia ser como se já se sentisse em casa. Mas não. De todas as vezes, «chegou sempre uma altura em que só queria ir para a minha casa».



CONSELHOS PARA O PÓS-PARTO EM CASA

• Se houver tempo, deixar comida congelada antesde ir para a maternidade. Será menos uma preocupação quando chegar a casa com o bebé e o tempo (e as ideias) para cozinhar seja pouco.

• Tentar não ter muitas visitas. Elas chegam cheias de boas intenções, mas a verdade é que só cansam e atrapalham.

• Fazer uma alimentação saudável, baseando-se na Roda dos Alimentos, não esquecendo a água. Nos primeiros tempo, é normal esquecer-se de comer ou quase não ter tempo de tomar uma refeição. É importante que se esforce por comer bem especialmente neste período tão cansativo.

• Não se preocupar com a desarrumação da casa. Nos primeiros tempos, o bebé consome todo o tempo e o (pouco) que sobra deverá ser aproveitado para descansar. A desarrumação é uma chatice, mas ninguém ficará doente por isso. Preocupar-se demasiado só vai resultar em frustração.

• Sair de casa assim que se sentir capaz. Vestir-se para sair, apanhar ar, ver pessoas faz bem ao humor e ao ego.

• Descansar o mais possível; dormir sempre que o bebé dorme. Não espere pela noite para dormir. Até porque, provavelmente, o bebé não irá deixar. Qualquer momento é bom para dormir. Aproveite antes que fique estafada e sem forças para cuidar do bebé. O descanso também favorece o sucesso da amamentação.


PUÉRPERA, PUERPÉRIO, PUERPERAL

A palavra é estranha e muitas mulheres só a ouvem pela primeira vez quando acabam de ter um filho, precisamente porque puérpera é o nome que se dá à mulher depois do nascimento do bebé. O puerpério é o período que dura desde a saída da placenta até cerca de seis ou oito semanas depois. O tempo necessário para os que os órgãos envolvidos na gravidez e no parto voltem ao seu estado normal. Puerperal usa-se habitualmente para falar das doenças que podem surgir neste período. Por exemplo: febre puerperal, infecção puerperal. A palavra puérpera tem origem no latim. Sendo que puer significa criança, a tradução de puérpera será «depois da criança. Origem idêntica têm as palavras pueril e puericultura.


TER ALTA

Parto eutócito (normal) ou instrumental (com fórceps ou ventosas)

O normal é deixar a maternidade 48 horas depois do nascimento. São dois dias e duas noites que servem não só para manter mãe e bebé
sob observação, mas também para dar algum apoio à mãe nos cuidados ao bebé.

Cesariana
Nos partos cirúrgicos, o habitual é que mãe e filho fiquem internados durante 72 horas. Como é uma cirurgia, a recuperação é um pouco mais
lenta e a mulher terá mais difi culdade em ser auto-suficiente para cuidar do seu fi lho.





 

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Um corpo novo

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Nos primeiros tempos, além de ter de cuidar de um recém-nascido, a mãe tem ainda de cuidar do seu próprio corpo, que está cheio de alterações repentinas. Deixamos alguns conselhos para um pós-parto mais tranquilo e a lista de compras: couves, fraldas para incontinência e preservativos.

SUBIDA DE LEITE

Assim que o bebé nasce, as mamas da mãe estão prontas para alimentá-lo. Estão cheias de colostro, um líquido amarelado, que tem exactamente os nutrientes que o recém-nascido precisa nesta fase. A subida de leite costuma acontecer um ou dois dias após o parto, mas também pode dar-se mais cedo. As mamas crescem e ficam tensas, duras, a ferver. Às vezes, até pode surgir febre (entre 37,5 a 39 graus)
durante algumas horas. Para aliviar os sintomas, a melhor solução é dar de mamar. No final, a mama deve fi car mole e é recomendável colocar um creme apropriado (à venda nas farmácias) ou espalhar um pouco do próprio leite para proteger o mamilo de gretas e fi ssuras.

Nos intervalos entre as mamadas, tente aliviar a tensão envolvendo as mamas com compressas humedecidas em água quente (pachos) ou tomando um duche com água morna fazendo o movimento de pentear o peito com os dedos no sentido do braço para o mamilo. Existem ainda uns discos de gel próprios, à venda nas lojas de puericultura, que podem ser utilizados para fazer frio (colocando-os no frigorífico) ou quente (imergindo-os em água quente) que também ajudam. Para algo mais simples e barato, experimente envolver as mamas em folhas de couve (portuguesa ou lombarda) saídas directamente do frigorífico. Adaptam-se lindamente ao peito e refrescam bastante. Esta fase pode ser difícil e dolorosa.A boa notícia é que a produção de leite regulariza mais ou menos em dois dias.


LÓQUIOS

Logo a seguir ao parto, o útero começa a perder sangue e será assim nas próximas três ou quatro semanas. Isto acontece porque alguns vasos uterinos ainda estão abertos. Não há nada a fazer. É esperar que passe. Convém levar pensos higiénicos para a maternidade ou mesmo fraldas
para incontinência – tornam-se mais práticas nos primeiros dias (em que o fluxo é maior) porque absorvem mais do que os pensos e não se estragam cuecas. Os tampões não são recomendados. Os lóquios vão mudando de aspecto: primeiro vermelho, depois rosado e, por fi m, amarelo e esbranquiçado. Importante é que o cheiro se mantenha. Se notar um cheiro fétido, contacte o seu médico, pois pode ser sinal de que existe alguma infecção ou de que ficaram restos de placenta no útero.


PESO

Apesar de as revistas cor-de-rosa adorarem mostrar a rapidez com que algumas celebridades voltam à forma após terem um bebé, a verdade é que, na maior parte dos casos, essas mulheres fizeram tratamentos em clínicas de beleza. Quem não tem essa possibilidade ou vale-lhe a sorte de ter uma genética muito favorável ou terá que ter paciência e disciplina, ou seja, cuidado com a alimentação e voltar ao ginásio. As dietas rígidas estão proibidas nesta altura, não só porque dar de mamar exige uma alimentação mais calórica, mas também porque não pode correr o risco de fi car fraca ou debilitada numa fase em que precisa tanto de energia para cuidar do bebé. Dar de mamar contribui para recuperar o corpo em todos os sentidos: ajuda os órgãos a voltar ao lugar e o organismo a perder calorias, mas pode não ser sufi ciente. Principalmente, se
houve um aumento de peso excessivo durante a gravidez.


BARRIGA

O útero pesa cerca de um quilo no fi nal da gravidez. O seu valor normal é cerca de 100 gramas. Se tudo correr bem, é normal que o útero volte ao peso e ao tamanho habitual um mês e meio após o parto. O próprio músculo vai contraindo e a sensação é de dor abdominal, principalmente durante as mamadas, pois, nessa altura, dá-se a libertação da hormona ocitocina que promove a contracção do útero. Chamam-lhes as dores tortas e, para muitas mulheres, são semelhantes às dores de parto. Aliviam com a mudança de posição. As cintas não são recomendadas no pós-parto, uma vez que empurram o conteúdo abdominal para baixo e podem comprometer a normal localização dos órgãos. Os exercícios abdominais também devem ser adiados até à confi rmação de que tudo está no devido lugar.


PERÍNEO


Tem sido uma longa caminhada, mas os médicos e enfermeiros estão cada vez mais sensibilizados para a necessidade de preservar o períneo da mulher durante o parto. Em muitos hospitais, a episiotomia (corte no músculo da vagina para facilitar a saída do bebé) já não é um procedimento de rotina e já existe calma sufi ciente para não deixar o períneo rasgar sem controlo. Se o parto tiver decorrido sem lacerações é normal que consiga sentar-se sem sentir dor e sem precisar de bóias ou almofadas. Caso contrário, poderá ter dores na cicatriz durante alguns dias. É importante mantê-la sempre o mais limpa e seca possível. Deve lavar-se com água morna sempre que se sentir incomodada e secar com uma toalha sem esfregar. Nos primeiros dias, para aliviar as dores e ajudar o períneo a desinchar e a cicatrizar pode aplicar gelo. Uma forma prática de o fazer é encher um preservativo de água até ficar um cilindro, dar-lhe um nó e colocá-lo no congelador. Depois, use-o dentro das cuecas (se usar fralda é mais fácil). Refresca e não impede os movimentos.

Se as dores forem muito fortes pode tomar paracetamol. Se as dores se tornarem mesmo muito fortes, fale com o seu médico. Às vezes, os pontos repuxam a zona da cicatriz, provocando algum incómodo. Se for esse o caso, o médico pode optar por retirá-los, sem esperar que caiam. Mas também pode haver uma infecção, que necessita de tratamento.

Assim que não sentir nenhum incómodo no períneo, está na hora de começar a exercitá-lo. Mesmo que não tenha sido cortado ou rasgado, o
músculo esticou bastante (uma abertura de um centímetro, passou para dez) e está agora fraco e flácido. Os exercícios de Kegel (apertar e relaxar
o períneo) podem ser iniciados no dia a seguir ao parto.

CABELO

O aumento do estrogénio durante a gravidez dá um brilho especial ao cabelo. Enche-o de força e vitalidade e impede-o de cair. Após o parto, os níveis desta hormona começam gradualmente a voltar ao normal e, mais ou menos três meses depois, o cabelo ressente-se. Os 100 a 150 fi os que habitualmente se perdem todos os dias sobem para cerca de 500. É impressionante, mas não há motivo para alarme: em breve o cabelo retomará o ritmo de crescimento normal.

CONTRACEPÇÃO

A vida sexual pode ser retomada assim que a mulher se sinta confortável e assim que o casal encontre espaço na loucura diária que são os primeiros tempos de um bebé. Isso acontece, geralmente, um mês depois do parto. Mas varia muito. Se o períneo foi muito massacrado e existe uma grande costura é natural que demore um pouco mais.

É normal também existir alguma secura vaginal, especialmente se estiver a amamentar. Utilizar um gel vaginal pode ajudar. Mas antes de reiniciar a vida sexual é importante pensar na contracepção. Enquanto estiver a dar de mamar tem duas opções: preservativo ou mini-pílula, que pode ser
iniciada 15 dias após o nascimento do bebé. Por ser uma pílula mais «leve» só deve ser tomada enquanto estiver a dar de mamar com regularidade, uma vez que a amamentação também tem algum efeito protector sobre uma nova gravidez. Toma-se sem pausas. Quando interromper definitivamente a amamentação, comece logo a tomar a pílula habitual, sem esperar que apareça a menstruação. O período pode
demorar alguns meses a voltar, mas existe a possibilidade de ter uma ovulação antes, sendo que é importante ter uma contracepção eficaz se não quiser voltar a engravidar logo.O dispositivo intra-uterino pode ser colocado dois ou três meses depois do parto.




CONSULTA DE REVISÃO PÓS-PARTO


Entre as seis semanas e os dois meses após o nascimento do bebé deve voltar ao ginecologista para um consulta de revisão pós-parto. É tempo de observar de que forma a gravidez e o parto afectaram o corpo da mãe. O médico irá pesá-la, medir-lhe a tensão arterial e fará um exame pélvico para ver se o útero já voltou ao lugar. É normal que lhe receite um suplemento de ferro, para evitar uma anemia. Aproveite para expor todas as dúvidas. Confirme que está a utilizar a contracepção mais indicada, mas não espere por esta consulta para iniciá-la. A primeira ovulação a seguir à gravidez pode dar-se quatro a seis semanas depois do parto.

 

Para onde foi o meu cabelo?

Segunda, 29 Março 2010 | Visto - 17677

Durante nove meses, o cabelo esteve fantástico. Mas agora que o bebé nasceu, todos os dias perde centenas de fios e, com eles, boa parte da sua auto-estima. Calma. Esta queda é normal e terminará quando as hormonas voltarem a sossegar.

 

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Editorial.

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